Alguns colunistas da
Veja e do site da
Abril politizam a questão na luta contra Dilma Rousseff, mesmo apoiando
Aécio Neves outros setores da mídia já estão levantando o alerta de um aumento da tarifa de energia elétrica em 2015, por causa, também, da seca de 2014 que vem desde 2013. Por exemplo, o
Jornal Nacional da
Globo foi ouvir especialistas para tentar explicar os prejuízos no setor energético do país. E eles concluíram que quem vai ficar com a conta é o consumidor. "Pode ser que a conta da luz não aumente 25%, como apregoam os (digamos) mais pessimistas, mas realmente a crise energética brasileira é muito real, embora a Aneel busque tranquilizar o país, sofrendo a maior seca da história no sudeste e uma das piores crises das usinas hidrelétricas", comenta por aqui o editor do nosso blog
Folha Verde News, o repórter e ecologista Antônio de Pádua Padinha, que foi atrás de informações de ambos os lados nesta questão. Confira a seguir um resumo do que pensam alguns especialistas do setor, ouvidos pelo site
G1 e também, por outro lado, as explicações de Romeu Rufino, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (
Aneel) à
Agência Brasil: "Divida as duas informações por dois para iniciar a busca de uma conclusão sobre esta situação dramática", comenta ainda aqui no blog o ecologista Padinha. Confira a seguir e reze você também para que chova...
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A seca no interior do país já está inviabilizando o uso da água do São Francisco para gerar energia |
O caos da seca tem um preço ecológico e um custo econômico para o país e a população
No Brasil, as geradoras, as usinas hidrelétricas produzem a energia e vendem para as distribuidoras, que entregam para nós, consumidores. É o governo que organiza, com leilões, a venda de energia das geradoras para as distribuidoras, explicam entrevistados do
G1. Ao fazer os leilões o governo estipula o preço máximo, porque quer garantir o menor preço possível para a população. Alguns afirmam que o Governo quis preços baixos demais. Aí, nenhuma geradora entrou nos leilões e as distribuidoras não conseguiram contratar toda a energia que têm que entregar para os consumidores. Sem contratos firmados nos leilões, as distribuidoras precisam recorrer ao chamado mercado livre, onde quem tem energia para vender oferece diretamente para quem quer comprar. E hoje só quem tem energia para vender são as usinas termoelétricas. Energia poluente, que agrava o problema ambiental e climático, além de ser mais cara. “O custo de energia de uma termoelétrica é muito mais caro que de uma usina hídrica ou uma eólica”, explica a consultora da Excelência Energética Selma Akemi Kawana. Mas infelizmente, as termoelétricas estão sendo usadas porque a mesma seca que ameaça o abastecimento de água na região sudeste diminui a capacidade das hidrelétricas de gerar energia. A situação é tão grave que até as próprias hidrelétricas estão comprando energia cara das termoelétricas, para cumprir os contratos. Mas estas usinas e as distribuidoras não puderam repassar para os clientes esse aumento nos custos. Para aliviar o problema, o governo conseguiu que um conjunto de bancos emprestasse R$ 11 bilhões para as distribuidoras em abril. E agora, um novo empréstimo de mais R$ 6,5 bilhões De acordo com os especialistas, essa conta vai sobrar para o consumidor. “Vai chegar pro consumidor por meio de aumento de tarifa, aumento da conta de energia elétrica, em 2015 ou 2016. Ou por meio de aumento de tributos”, afirma a consultora da
Excelência Energética Selma Akemi Kawana. Já os repórteres Sabrina Craide e Wellton Máximo, da
Agência Brasil, com a colaboração também de Juliana Andrade, ouviram outras ponderações do diretor geral da
Aneel, Romeu Rufino. O repasse ao consumidor do empréstimo que será contratado pelas distribuidoras de energia para cobrir o rombo nas contas por causa do uso de termelétricas, será feito a partir do ano que vem. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica disse que ainda não há uma previsão de qual será o impacto nas contas de luz nem uma decisão sobre em quanto tempo o montante será diluído nas tarifas. "O processo tarifário segue o seu curso normal, quando chegar a data do reajuste tarifários, o valor será calculado levando em conta o custo adicional". O Governo argumenta que em 2015 vencerão as concessões de usinas hidrelétricas que somam cerca de 5 mil megawatts, o que irá diminuir o preço da energia para os consumidores. Essa energia que voltará para o Governo atualmente é comercializada a R$ 100 o megawatt médio. Após a renovação da concessão, o preço cairá para R$ 30 o megawatt médio. “Essa energia barata vai ser usada para compensar os custos mais altos neste ano. Em vez de simplesmente baixar a tarifa, estamos usando essa energia para evitar uma alta desproporcional no ano que vem. Pode ser até que a tarifa caia no fim das contas”, declarou Romeu Rufino à Agência Brasil. Mas se confirma a contratação governamental de um financiamento de R$ 8 bilhões pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (
CCEE) para que as distribuidoras paguem suas dividas com as geradoras. O financiamento será ressarcido com aumento de tarifas que será escalonado a partir de 2015. Também foi anunciado hoje um aporte adicional do Tesouro de R$ 4 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (
CDE), que tem orçamento de R$ 9 bilhões para este ano. O governo decidiu ainda fazer um leilão de energia hidrelétrica e térmica. O objetivo é que as distribuidoras possam contratar energia das geradoras, e não precisar mais recorrer ao mercado livre para comprá-la. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), Maurício Tolmasquim, explicou que as medidas resolvem os problemas financeiros das distribuidoras, e que as soluções foram discutidas anteriormente com as empresas. As distribuidoras de energia têm tido gastos maiores nos últimos meses por causa do aumento do uso de energia de termelétricas, que é mais cara. As termelétricas são mais utilizadas quando há menos água nos reservatórios das hidrelétricas, como está acontecendo neste momento no caos da seca do país: "Esta situação é um alerta máximo para a necessidade urgentíssima de uma gestão de desenvolvimento sustentável no Brasil, que inclui também energias menos poluentes", adverte nosso editor de conteúdo aqui neste blog da ecologia e da cidadania: "A gravidade desta situação se complica por causa da guerra de agora no 2º Turno das eleições"...
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Só energias mais ecológicas e mais econômicas podem solucionar a crise no setor |
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As termoelétricas são caras e aumentam a poluição, a crise climática |
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E as hidrelétricas no Rio Grande e São Francisco sofrem com o caos da seca |
Fontes:
http://g1.globo.com
Agência Brasil
www.folhaverdenews.com
Temos já aqui alguns comentários e informações complementares, aguarde que logo estaremos postando aqui.
ResponderExcluir"Acabei de ver o Horário Eleitoral, nem o programa da Dilma nem o do Aécio citaram o problema da seca ou alguma proposta para a crise energética ou climática, a mídia também pouco destaca isso e esta deveria ser a prioridade de todos no Brasil": é o comentário de Juraci Almeida, de Belo Horizonte (MG), ele que atua no mercado imobiliário.
ResponderExcluir"Será o cúmulo aumentar 25% a tarifa elétrica e nem discutir o problema da seca e a questão da energia nem mesmo na campanha eleitoral": é também o tema da reclamação de Mário C. Santos, professor em Guarujá (SP): "Se houvesse mais esse debate, como faz este blog, talvez a realidade fosse outra".
ResponderExcluirEnquanto o Governo como esclarece a matéria da Agência Brasil nega o superaumento de tarifa em 2015 e procura diminuir o alcance da crise de energia e do desequilíbrio do clima, os opositores colocam até a seca por culpa de Dilma Russeff. Ninguém, a não ser ecologistas e os especialistas, falam em falta de investimento no setor, bem como, na necessidade urgente de uma gestão sustentável no país, para que seja possível reequilibrar a economia com os recursos naturais, hídricos e com a vida da população. É em resumo a nossa pauta de hoje.
ResponderExcluir"Vejo que não é só um problema para os consumidores mas ele reflete erros em toda a estrutura do país": é em resumo a mensagem que nos envia o estudante de História na Unesp em Franca, Carlos Carvalho.
ResponderExcluirMande vc tb o seu comentário, opinião ou msm, envie o seu e-mail para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluir"O que fiquei sabendo ontem é que a Hidrelétrica Três Marias vai agora suspender suas operações por baixo volume de água no Rio São Francisco": é a informação que nos manda o estudante de Direito na USP em SP, Manuel Carvalho. Ele nos envia informações sobre a viabilidade econômica das energias mais ecológicas, como a eólica e a solar. Em breve, publicaremos em nossas debates no blog.
ResponderExcluir"Curti este post porque vocês ouviram os dois lados, governo e oposição, se colocando na posição da busca da verdade e da informação, parabéns, vou acessar sempre este blog": é a msm que recebemos do técnico agrícola João Ribeiro, de Araraquara (SP), a quem agradecemos pelo elogio. É a função da mídia ser imparcial e buscar o interesse da população.
ResponderExcluir"Motivo 1: Estamos em um ciclo solar que a cada 200 ou 300 anos, o ciclo de erupções são maiores (a cada 10 anos) isso provoca um aquecimento leve nos oceanos liberando CO2 e criando o efeito estufa. Cientistas do mundo inteiro já chegaram à essa conclusão. Motivo 2. No caso Brasileiro o desmatamento da Amazonia tem baixado a umidade que desce para o sul em um corredor que trazem aquelas fortes chuvas. Corredor que foi responsável até pelo desabamento das encostas da região Serrana do Rio. Da parte humana e brasileira, temos que replantar arvores nativas em todo o Brasil. Acredito ser possível. Não vivemos sem arvores": é o comentário a este post aqui do blog que tivemos a honra de receber do produtor cultural de vanguarda, Clóvis Vieira, de São Paulo (SP).
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