Nos últimos meses a temperatura média chegou 1,1 grau Celsius superior à da época pré-industrial e por outro lado nevou até mesmo no deserto do Saara: em todo lugar o aumento de doenças e dos índices de violência dimensionam a necessidade urgente da gente mudar e avançar nossa forma de viver antes que seja o caos, mas o alerta dos cientistas clama no deserto, poucos escutam, envolvidos no dia a dia
![]() |
Estudos feitos agora do clima terrestre preocupam cientistas |
![]() |
O que acontecer com a Terra, acontecerá com o ser humano |
A Organização Meteorológica Mundial analisou dados e confirmou que 2017 foi um dos três anos mais quentes em conjunto com 2016 e 2015 desde que os registros começaram em 1880 e a tendência em 2018 é agravar a situação. A análise da instituição mostra que a temperatura média na superfície do planeta no ano passado foi 1,1 grau Celsius superior à do período entre 1880-1900, considerado pré-industrial. Este tipo de informação está também sendo debatido no jornal e site da Espanha El Pais: "A tendência da temperatura a longo prazo é muito mais importante do que a classificação dos anos individualmente, com um detalhe preocupante, a tendência é ascendente", comentou o especialista finlandês Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial. Dezessete dos 18 anos mais quentes foram registrados durante este século, e o grau de aquecimento nos últimos três anos foi excepcional. Por exemplo, o aquecimento do oceano Ártico tem sido especialmente pronunciado, deverá ter impactos profundos e duradouros no nível do mar e nos padrões do clima também em outras partes do mundo. Ainda dentro do seu alerta, o meteorologista Petteri Taalas confirmou também que antes mesmo de checar os dados, intuitivamente já havia alertado em dezembro que as temperaturas no Ártico tem aumentado demais. Agora, com o levantamento isso se confirma, o calor por ali subiu duas vezes mais e acima do ritmo da temperatura global. "Com certeza, um péssimo sinal", comentou Taalas.
Este levantamento meteorológico planetário ano a ano destaca que 2016 foi especialmente quente por causa do impacto do El Niño, um fenômeno cíclico natural relacionado ao aumento das temperaturas na parte leste do Pacífico tropical. Sem o El Niño, 2017 foi o ano mais quente. No ano passado, aliás, ocorreu o fenômeno oposto, o La Niña, que esfria os termômetros. Apesar de tudo, 2017 empata com 2015 como o ano mais quente, depois do recorde maior há 2 anos. 2018 segue nesse mesmo ritmo de aquecimento anormal e cada vez mais crescente. Mas há um pormenor que os técnicos em clima explicam: as temperaturas apenas contam uma pequena parte da história. O aquecimento em 2017 foi acompanhado por um clima extremo em muitos países do mundo. Os Estados Unidos experimentaram seu ano mais difícil em termos meteorológicos e de desastres climáticos, enquanto outros países viram seu desenvolvimento desacelerado ou revertido por ciclones tropicais, inundações e secas, conforme as condições de cada região da Terra. Neste contexto de hoje é urgente uma gestão ambiental e climática de novo alcance e sustentável, equilibrando os interesses econômicos com os ecológicos.
![]() |
A violência dos desastre naturais nos Estados Unidos ilustra o estudo |
"Os resultados globais se relacionam com o que estamos observando na Espanha, onde 2017 foi o ano mais quente desde que a série de pesquisas começou em 1965", afirma Rubén del Campo, da Agência Estatal de Meteorologia. A temperatura média global em 2017 foi 0,46 grau acima da média para o período 1981-2010. Na Espanha, esse aumento disparou em até 1,1 grau, alerta Del Campo. Todos estes números são confirmados também pela Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, pelo Instituto Goddard de Pesquisas Espaciais da NASA, pelo Centro Hadley do Escritório Meteorológico do Reino Unido, pelo Serviço Meteorológico do Japão e pelo programa Copernicus desenvolvido pelo Centro Europeu de Previsão Meteorológica de Médio Prazo. Todas esta série atual de informações levam cientistas a considerarem que as alterações do clima e do ambiente agora estão entre as maiores ameaças já enfrentadas pelos terráqueos em geral. O pior é que poucos acreditam ou dão à devida atenção aos cientistas, que assim como os antigos profetas, clamam no deserto.
Cientistas clamam no deserto e até o Saara neva... |
(O QUE ACONTECER COM A TERRA ACONTECERÁ COM A GENTE)
Confira na seção de comentários deste blog da ecologia outros detalhes e consequências que pode gerar essa realidade geoambiental na atualidade da nossa vida, não são apenas os animais mamíferos que estão mais ameaçados de extinção agora...
![]() |
Tufões, ciclones tropicais, inundações ou secas mostram os sintomas de desequilíbrio |
Fontes: brasil.elpais.com
folhaverdenews.blogspot.com
A Organização Meteorológica Mundial analisa os dados apresentados ano a ano pelo clima e pelo ambiente em vários locais do planeta: o que devemos também diante destes dados observar são as mudanças de comportamento e desequilíbrios que esta realidade causa nas pessoas, a crescente violência de variadas formas sinaliza isso também, o que acontecer com a Terra acontece com a gente.
ResponderExcluirLogo mais, aqui nesta seção, estaremos divulgando mais dados e análises desta situação que tem um conteúdo não só meteorológico. Você pode participar com sua informação ou a sua opinião, que pode colocar aqui, se preferir, mande sua mensagem pro e-mail da redação do nosso blog que aí postamos para você, neste caso, mande então para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeo, fotos, material de informação você pode enviar também diretamente pro e-mail do nosso editor de conteúdo aqui deste blog de ecologia, mande então para padinhafranca603%gmail.com
ResponderExcluir"Creio que o interesse maior dos governos em todos os países deveria ser restaurar a ecologia e o equilíbrio da vida, aqui no país da natureza, mais ainda, diante de tudo que vem acontecendo": comentário de Raul Moreira, de Vitória, Espírito Santo, que nos envia fotos do porto, do Rio Doce e do arquipélago de Abrolhos. Agradecemos e vamos usar.
ResponderExcluir"As mudanças climáticas são a maior ameaça para a saúde do século 21. Nas grandes cidades do planeta, as inundações severas se duplicarão até em 2050 enquanto 4 bilhões de pessoas sofrerão com problemas de acesso a água. Nessa data, dobrará o número de mortes decorrentes do ar poluído em boa parte dos países em desenvolvimento. As populações urbanas expostas aos furacões chegarão a 680 milhões de pessoas. Mais de 1 bilhão de pessoas padecerá com as ondas de calor (hoje já são 175 milhões), sendo particularmente letais para crianças pequenas e idosos, que constituirão grande parte da população em alguns países": comentário extraído do relatório da The Lancet e Nações Unidas.
ResponderExcluir"As mudanças climátcias e ambioentais, assim como também um desastre nuclear são grandes ameaças à nossa espécie de vida neste século": comentário de Michael Rampino no livro Global Catastrophic Risks (Riscos Catastróficos Globais).
ResponderExcluir"A violência do clima e do ambiente anda desestabilizando a psicologia das pessoas e da natureza, espero que não fiquem mais violentos do que já estão": comentário de Odair Marcondes, de São Paulo, é do Ceará e trabalha com hotelaria e turismo.
ResponderExcluir